Na procura, encontrei (no blog http://tresdemaionews.blogspot.com/2010/03/escrever-e-arte-de-cortar-palavras.html) esse ÓTIMO conto de John Ruskin, notável escritor e crítico inglês do século passado. Ele quem melhor ilustrou o ditado, num conto memorável.
"O homem chega à feira e lá encontra seu compadre, arrumando os peixes num imenso tabuleiro de madeira. Cumprimentam- se. O feirante está contente com o sucesso do seu modesto comércio. Entrou no negócio há poucos meses e já pôde até comprar um quadro-negro pra badalar seu produto.
Atrás do balcão, num quadro-negro, está a mensagem, escrita a giz, em letras caprichadas: HOJE VENDO PEIXE FRESCO. Pergunta, então, ao amigo e compadre:
- Você acrescentaria mais alguma coisa?
O compadre releu o anúncio. Discreto, elogiou a caligrafia. Como o outro insistisse, resolveu questionar. Perguntou ao feirante :
- Você já notou que todo o dia é sempre hoje? - E acrescentou: - Acho dispensável. Esta palavra está sobrando...
O feirante aceitou a ponderação: apagou o advérbio. O anúncio ficou mais enxuto. VENDO PEIXE FRESCO.
- Se o amigo me permite - tornou o visitante -, gostaria de saber se aqui nessa feira existe alguém dando peixe de graça. Que eu saiba, estamos numa feira. E feira é sinônimo de venda. Acho desnecessário o verbo. Se a banca fosse minha, sinceramente, eu apagaria o verbo.
O anúncio encurtou mais ainda: PEIXE FRESCO.
- Me diga uma coisa: Por que apregoar que o peixe é fresco? O que traz o freguês a uma feira, no cais do porto, é a certeza de que todo peixe, aqui, é fresco. Não há no mundo uma feira livre que venda peixe congelado...
E lá se foi também o adjetivo. Ficou o anúncio, reduzido a uma singela palavra: PEIXE.
Mas, por pouco tempo. O compadre pondera que não deixa de ser menosprezo à inteligência da clientela anunciar, em letras garrafais, que o produto aí exposto é peixe. Afinal, está na cara. Até mesmo um cego percebe, pelo cheiro, que o assunto, aqui, é pescado...
O substantivo foi apagado. O anúncio sumiu. O quadro-negro também. O feirante vendeu tudo. Não sobrou nem a sardinha do gato. E ainda aprendeu uma preciosa lição: escrever é cortar palavras."
Em TV essa regra tem que ser seguida à risca mesmo. O tempo é curto e é preciso dizer tudo em pouquíssimos minutos.
Muito bom esse conto viu, amei! hehe
ResponderExcluiro post passado e o vt eu vejo mais tarde, agora to correndo!
um xeru te amo
Ja assisti à materia, realmente celestial e tem q ter mt habilidade mesmo minha fia 7 pedais e 47 cordas? Eh deeemaisss!!! Agora vc ta fazendo mt bico na boca pra falar, botando os beiços pra baixo, ta engraçado kkkk
ResponderExcluirvc ta fera demais viu, linda de morrer!
bjo
Linda matéria, Lili!!! E já estreando o casaqueto azul turquesa....uhuuuuu.....Demais!!
ResponderExcluirPerfeita a passagem da matéria!
ResponderExcluirParabéns, Li!
Sucesso!!
@Laís Balbino - como assim botando os beiço p baixo? hahahahahah so tu msm! engraçado eh feio?! rs
ResponderExcluir@Ana Leonor - mami estreei a semana inteira! kkkkkkkk
@Priscila - pripri! q bom q vc gostou!!! elogio d qm entende eh sempre bom!