"O episódio conhecido como Bra-Burning, ou A Queima dos Sutiãs, foi um evento de protesto com cerca de 400 ativistas do WLM (Women’s Liberation Movement) contra a realização do concurso de Miss America em 7 de setembro de 1968, em Atlantic City, no Atlantic City Convention Hall, logo após a Convenção Nacional dos Democratas. Na verdade, a ‘queima’, propriamente dita, nunca aconteceu. Mas a atitude foi incendiária. A escolha da americana mais bonitinha era tida como uma visão arbitrária da beleza e opressiva às mulheres, por causa de sua exploração comercial. Elas colocaram no chão do espaço, sutiãs, sapatos de salto alto, cílios postiços, sprays de laquê, maquiagens, revistas, espartilhos, cintas e outros “intrumentos de tortura" " (http://anos60.wordpress.com/2008/04/07/a-queima-dos-sutias-a-fogueira-que-nao-aconteceu/).
Queimaram os sutiãs, passaram a usar calças (não necessariamente nessa ordem) e agora, que têm tanta "independência", reclamam. "Reclamamos", né? Trabalho, casa, salão, academia, casa (de novo pq essa toma tempo mesmo rs), marido/noivo/namorado/rolos e afins... Confesso que, como a música, "somos mais macho que muito homem" (ok, sem colocações machistas).
Damos muito mais conta das coisas que eles, vai. Tenta depilar a virilha, ou, enfim, o local correspondente... duvi D O- Dó! Pra tirar sangue é o maior drama, imagine otras cositas más. Deixar casa em ordem então, sem NÓS, é praticamente impossível (parabéns para as exceções). Minha entrevistada deveria estar se referindo a toda essa vida frenética. Só que reclamamos, mas gostamos. De modo geral, não trocamos essas conquistas, certo? É saboroso saber que nós podemos, sim.
Damos muito mais conta das coisas que eles, vai. Tenta depilar a virilha, ou, enfim, o local correspondente... duvi D O- Dó! Pra tirar sangue é o maior drama, imagine otras cositas más. Deixar casa em ordem então, sem NÓS, é praticamente impossível (parabéns para as exceções). Minha entrevistada deveria estar se referindo a toda essa vida frenética. Só que reclamamos, mas gostamos. De modo geral, não trocamos essas conquistas, certo? É saboroso saber que nós podemos, sim.
Aííí, quando já alcançamos TUDO, surge o extremo do extremo. A "Marcha das Vadias". Ah calma lá, né?! Olha que coisa ridícula! Fazer uma marcha para TER O DIREITO de se vestir com roupas curtas e não ser atacada é tão absurdo quanto a opressão que um dia já existiu em torno do sexo feminino.
Brasília, São Paulo, Recife.... Várias cidades brasileiras imitaram neste mês o movimento que começou em abril no Canadá. O Slut walk - marcha das putas - aconteceu em Toronto como forma de protesto depois que um policial disse que o risco de uma mulher ser estuprada é menor se ela não se vestir como puta. Sinceridade pura!
Numa das matérias sobre o assunto, ouvi uma mulher dizer: "quero ter o direito de usar saia curta e não ser atacada". Gente, há ocasiões e ocasiões para usar uma roupa assim. Há lugares e lugares para usar roupa assim. Todo mundo sabe como só sair de casa já é perigoso hoje em dia, e tem gente que quer ir marchar pra reivindicar um direito absurdo desses? Quem estupra é gente doente. Safada. Se tem uma mulher "provocando", claro que gente doente e safada vai estuprar. É que nem matemática. Pode até ser machista minha postura, mas acho absurdo "reivindicar" tal direito. Vamos ter senso, né? Quem usa roupa curta, ou seja lá o que for, sabe as intenções que tem ao fazê-lo. Sabe também do mundo em que vive. E sabe mais ainda do que se passa na mente das pessoas.
Ah tá, vai pra qualquer carnaval fora de época da vida com uma minisaia e diga: NÃO PASSEM A MÃO. Piada, né? Toda ação tem uma reação. Queimaram o sutiã e agora querem transformar em cinzas todo o respeito conquistado até aqui. Para não sair do contexto: fico PUTA com essas coisas!
Numa das matérias sobre o assunto, ouvi uma mulher dizer: "quero ter o direito de usar saia curta e não ser atacada". Gente, há ocasiões e ocasiões para usar uma roupa assim. Há lugares e lugares para usar roupa assim. Todo mundo sabe como só sair de casa já é perigoso hoje em dia, e tem gente que quer ir marchar pra reivindicar um direito absurdo desses? Quem estupra é gente doente. Safada. Se tem uma mulher "provocando", claro que gente doente e safada vai estuprar. É que nem matemática. Pode até ser machista minha postura, mas acho absurdo "reivindicar" tal direito. Vamos ter senso, né? Quem usa roupa curta, ou seja lá o que for, sabe as intenções que tem ao fazê-lo. Sabe também do mundo em que vive. E sabe mais ainda do que se passa na mente das pessoas.
Ah tá, vai pra qualquer carnaval fora de época da vida com uma minisaia e diga: NÃO PASSEM A MÃO. Piada, né? Toda ação tem uma reação. Queimaram o sutiã e agora querem transformar em cinzas todo o respeito conquistado até aqui. Para não sair do contexto: fico PUTA com essas coisas!
Afe... essas mulheres são muito marxistas... fala sério! rs Mais um ótimo post... não consigo parar de ler... #addicted
ResponderExcluirAmei o post! Quero reinvidicar maaaaaais destes! Faltou apenas um coisita como vc mesmo disse lá em cima sobre nossas muitas funções... FILHOS!!! rsrsrs
ResponderExcluirTb tomamos e regramos a vida deles! =D Amo vc!
Muito bom, concordo absolutamente, as feministas que queimaram os sutiãs reivindicavam direitos, espaço na sociedade, mas assim como a marcha da maconha, a marcha das putas, vão surgir todos os tipos de marcha que mostram a inversão dos valores, caracterizando, enfim, a volta de Cristo num mundo caótico tão sedento por Ele!
ResponderExcluirArrase irmã, ALWAYS!
#addicted too!
Lov
@Giovani - giovani vc eh suspeito! ta quase "pior" (no bom sentido) q minha irma e minha mãe! to adorando essa tietagem! kkkkkkk
ResponderExcluir@Manuela - manuca como esse tema FILHOS ainda eh estranho p mim, acabei n citando, mas sim, as mulheres ainda têm os FILHOS p dar conta!
@Laís - irmã te amo!
Lívia a marcha é pela não culpabilização da vítima. Não podemos inverter as situações e transformar a vítima em culpada. Cada um usa a roupa que quiser, do jeito que quiser e isso não justifica que um homem possa tocar e/ou forçar nada. Eu não uso roupas muito curtas, porque temo as reações sim. No entanto, gostaria sim de viver num mundo onde esse medo não fosse necessário. E admiro muito as que tem coragem de enfrentar isso. São poucas. As mulheres ainda são sim muito culpabilizadas por muitas coisas. Mas isto está mudando, ainda bem. A manifestação quer mostrar que se uma pessoa diz não, é não e pronto e deve ser respeitada independentemente da roupa que use, da posição social, do trabalho que ocupe. Se uma freira diz não para um homem, não é não. Se uma prostitua diz não para um homem, não é não. Este é o ponto das manifestações. A de Lisboa foi ontem e tive muito prazer em participar. Quero que meus filhos vivam num mundo de real igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres.
ResponderExcluirBeijosss
MANIFESTO
ResponderExcluirSlutwalk* Lisboa - pela auto-determinação sexual em todas as circunstâncias
* SLUT, galdéria, desavergonhada, puta, descarada, vadia, badalhoca, fácil
"Em Janeiro de 2011 um polícia afirmou em Toronto que as mulheres devem evitar vestir-se de forma provocante se não quiserem ser violadas. A SLUTwalk Lisboa junta-se à vaga de indignação que esta afirmação causou um pouco por todo o mundo.
Recusamos totalmente a culpabilização das mulheres face a situações de violência sexual. Recusamos a cumplicidade com a agressão e com quem agride, seja pelo silêncio ou pela benevolência. Recusamos a objectificação e mercantilização dos corpos das mulheres. Mude-se as leis, mude-se quem agride. Mude-se a cultura patriarcal que diz às mulheres para não serem violadas, em vez de dizer aos homens para não violarem.
Mude-se a moral dominante, segundo a qual SLUTs são somos todas nós, mulheres casadas, solteiras, viúvas ou divorciadas, heterossexuais ou lésbicas, bissexuais, assexuais, com ou sem companheirxs, monogâmicas ou não, com ou sem filhxs. SLUTs são todas as mulheres que não inibem gestos, emoções, desejos ou vontades, que vestem, falam e vivem de acordo com os seus próprios padrões, que se não vergam à moral dominante.
Se SLUT – galdéria, desavergonhada, puta, descarada, vadia, badalhoca, fácil – é uma mulher que decide sobre o seu corpo, sobre a sua sexualidade, e que procura prazer, então, somos SLUTs, sim!
Não queremos piropos sexistas, não queremos paternalismo, não queremos violência sexual. Dizemos não, por mais cidadania. Dizemos não, por mais democracia. Dizemos não, por mais liberdade.
Se ponho um decote… Não é Não!
Se pus aquelas calças de que tanto gostas… Não é Não!
Se uso burqa… Não é Não!
Se durmo com quem me apetece… Não é Não!
Se sou virgem… Não é Não!
Se passo naquela rua… Não é Não!
Se vamos para os copos… Não é Não!
Se me sinto vulnerável… Não é Não!
Se sou deficiente… Não é Não!
Se saio com xs maiores galdérixs…Não é Não!
Se ontem dormi contigo… Não é Não!
Se sou trabalhadora sexual… Não é Não!
Se és meu chefe… Não é Não!
Se somos casadxs, companheirxs, namoradxs… Não é Não!
Se sou tua paciente… Não é Não!
Se sou tua parente… Não é Não!
Se sou imigrante ilegal… Não é Não!
Se tenho relações poliamorosas… Não é Não!
Se sou empregada de hotel… Não é Não!
Se tens dúvidas se aquilo foi um sim, então… Não é Não!
Se és padre, imam, rabi ou poojary… Não é Não!
Se beijo outra mulher no meio da rua… Não é Não!
Se sou brasileira, cabo-verdiana, angolana ou de outro país que sofreu colonização… Não é Não!
Se tenho mamas e pila… Não é Não!
Se disse sim e já não me apetece… Não é Não!
Se sou empregada doméstica… Não é Não!
Se adoro ver pornografia… Não é Não!
Se ando à boleia… Não é Não!
Se estamos numa festa swing, numa sex party ou numa cena BDSM… Não é Não!
Se já abrimos o preservativo… Não é Não!
NÃO é sempre NÃO. Quando é SIM, não há ambiguidades ou dúvidas porque sabemos o que queremos e sabemos ser claras."
Outra coisa, na Alemanha, por exemplo, eu vi muitas mulheres com saias curtíssimas. Nem por isso, ninguém acharia normal uma ação agressiva de um homem contra elas. No Brasil, porque uma menina foi com roupa curta para uma faculdade, os alunos se juntaram para gritar "puta". A gente ainda tem muito o que amadurecer em relação as questões de gênero.
ResponderExcluirLívia, acredito que você deve pensar melhor antes de escrever. Inclusive, você está sendo contraditória nesse texto.Primeiro você fala da sua maquiagem, depois concorda que usar roupas curtas e decotadas pode incentivar estrupadores. Ora, minha cara, você não sabia que a polícia também considera maquiagem “coisa de vadia”. Nossa, será que quando você se arruma para trabalhar ou para ir a uma festa está concordando em ser estrupada ao colocar maquiagem? Aposto que não. Ah, mas você sabia que se você usa roupas de marca, e celulares caros e mora em bairros considerados nobres, também está ajudando os assaltantes a conseguir vitimas? Pois é, eles escolhem assim. Ah, e uma teoria recente da polícia (pesquisa no Google) afirma que quem coloca no carro adesivos do tipo: Deus guia a minha vida, e aparenta ser uma pessoa muito feliz está “pedindo” para ser seqüestrada? Ah, e também para essa polícia ai do seu texto (graças a Deus não são todos), quem tem carros com quatro portas e de tipos mais caros que os utilitários (uno e celta), são o alvo ideal para assaltantes de bancos. Então, corre lá menina e troca teu carro! Seguindo tua linha de raciocínio, você não quer ajudar um assaltante né?
ResponderExcluirCriminalizar as vítimas é o caminho mais fácil para nossa polícia corrupta e mal formada. Caminho que, infelizmente, encontra ecos em pessoas como você, que deveriam defender a liberdade acima de tudo. Quando você concorda com absurdos desse tipo, você está dizendo: a liberdade de expressão tem limites. Viva a censura! Vamos lutar por uma sociedade mais justa Lívia, não uma sociedade presa dentro de casa, com medo de tudo. Por favor, não reproduza esses julgamentos machistas e retrógados. Pense por si própria e se liberte de conceitos pré-concebidos que são os pais dos preconceitos todos.
Fora que esse tipo de pensamento é uma agressão após a agressão. Sabia que 30% das mulheres estrupadas não levam o processo até o final por causa do tratamento que têm nas delegacias? Imagine se fosse com você, você estivesse andando à noite, maquiada, com um vestido decotado e um pouco curto (já te vi nesses termos) e algum doente te forçasse a fazer sexo, te machucasse, te deixasse sem roupas no carro. Aí você se veste, vai à delegacia e os policiais dizem: com essa maquiagem, essas roupas...ah minha filha, você estava pedindo né? (Deus me livre). Isso é um crime depois do crime. É semelhante quando a gente é assaltado e as pessoas dizem: Poxa, mas você estava de carro passando pelo Derby, à noite, sabe que é assim...Você ia se sentir como?
E seu pensamento ainda tem um agravante, porque se fosse um homem usando shorts e regatas, ninguém falaria nada né? É machista pensar assim. Não somos nós que estamos erradas. E não tem como julgar as situações em que as pessoas se sentem ou não confortáveis com roupa curta ou decotada. Já te vi saindo da praia só de saída, curtinha. E se algum estrupador estivesse por perto. Seria certo ele te seguir e estrupar porque você estava de biquíni? COMO DISSE XIXINHA: NÃO É NÃO. E como somos jornalistas, temos a obrigação de lutar contra esse tipo de pensamento. Não à sociedade do medo e Sim a sociedade da justiça. Eu só não fui para a marcha das vadias do Recife porque estava trabalhando. Espero que tendo duas amigas vadias, você não nos considere culpadas.
Beijos e amo você.
Ah, e o post aí de cima é de THATIANA.
ResponderExcluir@? - thati, como minha profissão n eh a d puta (rsrs), a maquiagem q uso p trabalhar n sei se vc sabe eh algo basico e nem chama a atenção. o carro q tenho eh bem básico sim, quero trocar mas n pelo motivo da pesquisa! infelizmente, por conta da violência, a sociedade em q vivemos nos prende em casa msm e n eh pq sou jornalista q n vou ter preconceitos. n escolhi essa profissão p mudar o mundo e nem quero ter essa "obrigação". nunca disse ser perfeita e ngn o é. se uso biquini e provoco estupradores doentes, eh um risco q eu corro. mas n faço isso sozinha nem em locais em q acredite q tal fato possa acontecer. portanto, a postura d usar a roupa curta eh algo realmente subjetivo e o faço c base em riscos conscientes em q possa ou n correr.
ResponderExcluir@Marina - xixinha tb quero um mundo d real igualdade d direitos entre homens e mulheres. na alemanha ngn acharia normal um estupro decorrente d uma saia curta, assim como tb n acharia normal um roubo d celular ou notebook em um transporte público (ja no brasil roubos do gêneros são mais do q comuns e n nos espantamos mais): são realidades diferentes e portanto a postura dos q aqui moram n pode ser pautada no comportamento d cidadãos d um país d primeiro mundo. ok, eu realmente preciso amadurecer em relação às questões d gênero p um dia pensar como vcs.
acredito q as mulheres já conquistaram tds os diretos, INCLUSIVE os reivindicados pela marcha, c relação a usar as roupas q quiserem. mas ainda n conquistamos uma sociedade pacífica. então, enquanto isso persistir, vai ser difícil exercer livremente esses direitos sem sofrer nenhum risco. n acho q a vítima tenha culpa, ate pq qm eh doente pode se sentir "atraído" por qualquer tipo d roupa. MAS enquanto a violência imperar e a polícia n for eficiente o bastante p reprimir td isso, eh difícil p mim imaginar ser "fácil" e "normal" "rebolar" por aí achando q n haverá problemas em se vestir assim. ÓTIMO q as mulheres tenham disposição p marchar e pedir isso, mas p mim n faz sentido fazer uma marcha p pedir algo q está muito além d um direito, mas q depende d uma coisa chamada paz social, algo q n existe entre nós ainda.
se preferirem, minhas duas amigas sociólogas podem msm fazer um estudo d caso comigo como um verdadeiro fruto da sociedade machista em q vive! kkkkkkk
amo vcs! =***
Não se preocupe amiga, você, como a maioria, só está internalizando conceitos e agressões sociais contra às mulheres que estão sendo repassados há vários séculos. Muito difícil mesmo sair deste ciclo vicioso de reprodução de teorias que desfavorecem nosso sexo. Mas, assim como não é obrigado um político ser corrupto só porque a corrupção é o caminho mais fácil, também existe sim opção para as mulheres que vivem nessa sociedade patriarcal não serem submissas e autopreconceituosas. Não é porque eu não luto por um mundo perfeito que eu não possa contribuir com um mundo melhor. A palavra chave aqui é comodismo, mas só por você abrir um diálogo sobre o assunto, creio que já foi um grande avanço para sua formação cultural.
ResponderExcluirBeijos e também te amo.
Thatiana Pimentel
Eu nem acredito que li o que li... Tu tais sendo recriminada por dizer o que pensa por pessoas que tão criticando o não pensar livremente? kkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirComparar roubo de carro com reivindicação por poder usar saia curta e barriga de fora é dose..
Dose maior ainda é querer comparar uma realidade tãããão distinta de forma de vida e comportamento do exterior com o nosso Brasil...
pela obra vamos ser radicais, querer mudar o mundo, mas pensar ao avesso é PAU! A pessoa que sai de casa pra andar na rua por uma causa tão nobre nominada MARCHA DAS VADIAS, primeiro, certamente não tem o que fazer, segundo, é só alguém que não tem sentido na vida e gosta de ser do contra e quer chamar a atenção que não consegue sendo só mais um cidadão como todos os outros....
Brilhem por vocês!
Tu é bala!
Thati, tu és show de bola, mas deveria ser menos acusativa na hora de dizer sua opinião. Não precisa diminuir a causa dos outros pra sua chamar atenção! Não acho que Lívia internalizou nenhuma agressão social tampouco não a acho avançada pra o nível cultural dela que você cita aí. Mas, como todos somos livres e podemos opinar livremente, cá estamos nós, discutindo por algo que não vai ser mudado apenas pelas nossas opiniões mas que podem certamente estremecer uma amizade. Espero que isso não aconteça!
ResponderExcluirTe adoro
Bjs!
Ai Laís, eu tenho a opinião que tudo se discute se as pessoas não levarem para o lado pessoal. Estou contribuindo com o raciocínio levantado por Lívia, sendo contrária ou não ao tema que ela escolheu. Da mesma forma como estou respeitando a opinião dela ao parar, refletir e escrever sobre o assunto. E justamente por sermos amigas, me acho no direito de tentar influenciar o ponto de vista de Lívia, uma vez que acredito sim que esse assunto é algo que podemos mudar e ajudar a mudar. Do mesmo modo, dou e sempre dei a ela espaço para argumentar sobre sua ótica, porque, como disse, acredito sempre na força do diálogo. Se somos amigas e queremos o bem uma da outra, é nosso obrigação sempre tentar mostrar o que a gente acha certo. Pelo menos eu não quero amigas que concordem em tudo comigo. Quero amigas com opinião e que possam contribuir para minha visão do mundo com suas experiências e reflexões. Caso Lívia se sinta ofendida por algo que escrevi aqui, ela pode ligar para mim e conversaremos, ou ela pode simplesmente entender minha forma de argumentação, uma vez que ela me conhece há quase 10 anos e sabe que coloco muita convicção e força em tudo que falo e faço. Fora que, como você disse, esse é um espaço para opiniões livres e acho que é muito mais interessante esse tipo de debate do que comentários monótonos de colegas que deram uma olhada superficial dos posts e nem refletiram sobre o assunto. Quando resolvemos, como Lívia, nos expressar publicamente, devemos estar abertos a todo tipo de críticas e elogios.Tanto um quanto o outro podem sempre contribuir para nosso crescimento e evolução pessoal. Até porquê, ninguém está pronto nesse mundo e temos que crescer com o outro, através do outro e pelo outro, se quisermos viver em sociedade de maneira mais equilibrada e justa.
ResponderExcluirApesar disso tudo, entendo que você queira defender sua irmã e creio que você se ofendeu mais do que ela com os comentários. Se fosse com Nino (meu cachorrinho, que é o mais lindo do mundo), que estaria da mesma forma.
Amo vocês. E quero um mundo melhor. E uma coisa não precisa excluir a outra.
Beijocas.
Fora isso tudo, eu acho que vocês não entenderam a seriedade da marcha das vadias. Vou explicar:
ResponderExcluirEm janeiro de 2011, ocorreram diversos casos de abuso sexual em mulheres na Universidade de Toronto (PAÍS DE PRIMEIRO MUNDO, COMO VOCÊS COLOCARAM). Dai então o policial Michael Sanguinetti fez uma observação (para a vítima) AFIRMANDO QUE ISSO ACONTECIA APENAS COM AS MULHERES QUE SE VESTIAM COMO PUTAS E QUEM NÃO QUISESSE SER ESTUPRADA, DEVERIA NÃO SE VESTIR COMO PUTAS. Ninguém sabe o que é se vestir como puta para esse policial Lívia e Laís. Pode ser ir de saia acima do joelho, ou usar um decote, ou uma calça strech, roupas que tanto eu, quanto vocês usam no dia a dia. Aqui, eu pergunto a vocês, se vocês estivessem com um decote na faculdade e um homem estuprasse vocês, e vocês chegassem na delegacia e o policial dissesse isso, COMO VOCÊS SE SENTIRIAM? Fora isso, se uma puta fosse estuprada, vocês também achariam certo?
Pouco depois deste dia da declaração do policial, a primeira Marcha das Vadias, que tem esse nome por causa da declaração, levou 3 mil pessoas às ruas de Toronto. Desde então, a marcha já ocorreu em Toronto, Los Angeles e Chicago, Buenos Aires e Amsterdã,dentre outros lugares.No Brasil já ocorreu em São Paulo, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília, entre outras.
Como eu disse, o arumento de vocês é ótimo, mas falho, porquê é demais individualista e calcado em experiências pessoais e familiares.
Vejam a entrevista de capa da Marie Claire:
A marcha é um protesto contra a mentalidade, tão antiga quanto disseminada, de que a mulher é a verdadeira causadora da violência sexual da qual é vítima. Está presente na cabeça dos agressores: "ela estava de saia curta", justificativa comum nos depoimentos de estupradores; dos delegados "como você estava vestida quando foi abordada pelo estuprador? de saia? então pode voltar pra casa" (e é por isso que foram criadas as delegacias da mulher); e das próprias mulheres - quem nunca ouviu um comentário jocoso sobre o decote escandaloso da vizinha?
Se pararmos para pensar nesse debate com atenção, surge rapidamente a dúvida: será que as vítimas de violência sexual também se sentem culpadas pelo estupro?
"Sim, todas", diz a psicóloga Ana Paula Mullet Lima, da Universidade Federal de São Paulo, que trabalha no atendimento de mulheres estupradas. "Sempre se perguntam por que com elas, o que fizeram para merecer aquilo. Nosso trabalho é fazê-las entender que foram vítimas de uma doença social, que vê a mulher como objeto passível de uma violência desse tamanho. É um processo longo e doído. A violência sexual desintegra a vítima, que foi literalmente invadida. É muito humilhante. Essas situações não envolvem só a penetração. Tem todo um terror. Muitas vezes os agressores estão armados e dizem que vão matá-las durante o ato e até chegam a urinar em cima delas. Elas sentem vergonha, querem esquecer aquilo e não procuram tratamento. Só vão procurar ajuda quando estão completamente destroçadas: deprimidas, paranóicas".
A recuperação dessas vítimas, segundo Ana Paula, fica ainda mais difícil quando os parentes e amigos também duvidam da responsabilidade delas sobre o estupro. "Quando elas engravidam do agressor, é comum que os namorados e maridos as deixem. Questionam o estupro, dizem que o filho é de um amante. Acontece em todas as classes sociais". O caminho para mudar essa mentalidade no Brasil é longo. Alguns passos foram dados neste sábado, na avenida Paulista.
ResponderExcluirEu só peço uma coisa, pensem se fosse com vocês, com suas sobrinhas, filhas, mães, primas, amigas. Se fosse comigo? Que iria para a marcha do Recife. Eu estaria procurando? Vocês querem ser assaltadas por andarem em carros mais caros? Estão pedindo para serem sequestradas ao morar em bairros ricos? A comparação é mesma porque a polícia também afirma que quem anda em carro caro chama mais atenção, que quem mora em bairro rico tem maiores chances de serem sequestrados.
E nós vamos concordar com isso? É assim que você quer o mundo da sua filha Laís? E se depois ninguém puder mais andar na rua, porque andar na rua será perigoso? Você vai ficar presa em casa e deixar de viver? É isso que queremos? Dar passos assustados para trás, enquanto a sociedade fica cada dia mais doente?
Eu acredito sinceramente que não. Creio que vocês interpretaram mal o significado da marcha inclusive foi o que notei ao falar com Lívia ontem por telefone. Só continuo escrevendo aqui para tornar esse post mais informativo e expor o que está por trás da minha linha de raciocínio.
Espero que essas reflexões sejam melhores compreendidas dessa vez.
Beijos!
Ah e quando falei que esse diálogo todo representaria um avanço para a formação cultural de você Lívia, estava querendo dizer que se permitir escutar outras opinião nos ajuda a flexibilizar nossos conceitos e conseguir enxergar a diversidade de crenças e argumentos que existe ao nosso redor e isso sempre é bom. Ninguém está pronto, estamos todos caminhando e se essa caminhada nos permite avançar e não retroceder, parabéns para nós. O que não podemos é estancar no mesmo lugar, reproduzindo conceitos dos nossos pais e professores, sem uma reflexão própria e enérgica sobre as coisas que estão ao nosso redor. Não somos esponjas onde as pessoas derrubam suas teorias e nós apenas absorvemos. Somos individuos com vontades, gostos, experiências e pontos de vistas distintos que podem nos fazer avançar daquilo que conhecemos. Esses avanços não precisam ser isolados. Podemos trocar, permutar e aprender uns com os outros, basta que estejamos com olhos, ouvidos e corações bem abertos. O que não acredito é no egoísmo, em causas próprias e no comodismo de diversos setores da sociedade atual, onde as pessoas mais parecem robôs que só se importam em ter comida na mesa e trabalho. Se a gente pode ajudar a sociedade, seja nos envolvendo em questões como a Marcha das Vadias, seja levando uma pessoa à igreja, seja dando comida, seja simplesmente escutando o que ela tem para dizer, porque não? Quanto mais eu me importar comigo e achar que é cada um por si, mais perigo estarei correndo e pior deixarei o mundo para meus descendentes. Eu escrevi nesse post tantos comentários não por mim, que já sei de tudo o que disse, mas por minha prima Bianca de 15 anos, minha mãe, minha tia Keli de 29, minhas amigas que usam decotes e saias acima do joelho, por Bia, por Lívia, por Laís, pelas putas, que não tiveram nossas oportunidades e têm o direito de dizer NÃO a um estrupador, pela minha professora da academia que sai de lá de short e top, pela minha faxineira que vai na padaria com um vestido frente única, pelas milhares de mulheres que são estupradas todos os dias e ainda levam a culpa por isso. Não é não. Se for seu marido, ou qualquer homem, não é não. Não estamos lutando pelo direito de sair na rua de lingerie, mas pelo direito de dizer não e sermos ouvidas.
ResponderExcluir"Essa coisa de separar uma mulher entre santa, puta, ou vadia, é algo que não depende da sexualidade da mulher ou de quantos parceiros ela quer ter. O julgamento vem da maneira que você anda, que você senta, se você ri demais, se você fala demais. Já passou da hora da gente protestar contra isso pra termos mais liberdade ainda. É aquela velha história: o homem pode falar que tal mulher é gostosa, mas se eu falar isso, eu sou uma vadia. No Brasil, a gente tem o exemplo recente do Rafinha Bastos que fez uma piada dizendo que cara que estupra mulher feia merece um abraço, tem a frase do Maluf 'estupra, mas não mata', tem o caso da Geisy Arruda que todo mundo julgou como puta por causa de um vestido. Essa questão só parece pequena, mas a verdade é que ela oprime as mulheres todos os dias", disse. "O nome da marcha é de fato pejorativo, mas a verdade é que o propósito da marcha é maior. Não existe mulher vadia, mulher santa ou mulher vagabunda, existem vários tipos de mulheres e cada uma explora sua sexualidade do jeito que achar mais adequado", completa.
ResponderExcluirDeclaração de uma participante da marcha de São Paulo, publicada na Revista TPM.
A socióloga Tica Moreno, 27, também de São Paulo, também parte da ideia de que a marcha foi uma ótima sacada das meninas em Toronto. "Elas conseguiram potencializar o debate de que não importa o tipo de roupa, ou o tipo de comportamento, nada justifica a violência contra as mulheres. Vale lembrar do caso do goleiro Bruno. A própria mídia justificou a violência dele porque diziam que Eliza Samudio era uma garota de programa, que adorava sair com vários jogadores. Então, pra nós, é o momento de levar para as ruas, pra mídia, pra internet, que nada é capaz de justificar a violência. O termo vadia pode sim ser usado de uma maneira que foge da proposta, não acho que é o caso de positivar a palavra, mas a verdade é que as mulheres são livres para terem o comportamento que quiserem. Nosso debate não se trata sobre ser ou não devassa, pra gente se trata de ser livre. Pra mim, o nome ideal seria a Marcha das Mulheres Livres, mas vamos combinar que isto não teria tanto impacto na mídia", explica.
ResponderExcluirAcho que deve ter sido isso mesmo, entendi errado seu entusiasmo ao falar sobre o tema e como estamos na internet, conclui-se mt coisa pautada em letras apenas né!Mas acho que agooora sim vc explicou bem explicado um embasamento totalmente informativo, e pelo que posso concluir disso é que a escolha do nome da marcha é muito infeliz diferindo totalmente do motivo da marcha né! De fato eu apenas tomei as dores por Lívia, pq tu sabe né, o sangue não fala mais alto, no meu caso ele grita, masss, concordo com vc, através dessa lenga-lenga toda, eu pude conhecer essa bendita marcha da confusão! kkkk Só que a luta da marcha já vem sendo desenvolvida pelos direitos humanos, pelas feministas, e pela própria sociedade nas campanhas contra toda e qualquer tipo de violência!E sem dúvida alguma amigas que só concordam são enfeites desnecessários, vale mais a pena conversar com nino!
ResponderExcluirsem stress,bjs!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, eu concordo também que o nome da marcha é ofensivo e um tanto sem sentido diante do protesto, mas que chamou atenção para o tema, chamou.
ResponderExcluirE Nino é um cãozinho superinteligente! hum!
E agradeço a Lívia também que colocou esse tema em pauta e nos deu espaço para desenvolvermos nossas opiniões e linhas de raciocínio. Vê que legal, Lívia está em Brasília e fez Xixa nas Oropa, eu no Raincifi e você em Maceió pensarmos e conversamos sobre esse assunto, que nos interessa especialmente por sermos mulheres. Para isso escrevemos.
Beijos e amo todas.
"a paaaaz invadiu o meu coraçããão...." kkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluir