Ainda no ritmo do post anterior com uma pauta/várias matérias...
Fui fazer o resultado do vestibular da UNB. Ao chegar lá, não foi a festa dos calouros que me chamou a atenção. Como em qualquer lugar de Brasília, estacionar é sinônimo de caos. Na UNB não é diferente. Faltam vagas. Resultado: parar em local proibido é a regra. E quando a parada vai ser "rapidinha"... Ixii até a UNB dá mau exemplo. Assistam.
Aproveitando o ensejo, que tal o flagrante em frente ao meu prédio???
Vaga para deficientes: "porém usada na maioria das vezes por deficientes mentais".
Adoro ir fazer uma pauta e voltar com duas matérias!
Pauta 1:
No VT abaixo, fomos inicialmente fazer a matéria sobre uma professora baleada por um aluno. Fizemos.
Pauta 2:
Mas na frente da escola a quantidade de estudantes indo embora no meio da tarde era imeeensa! Não entendia o motivo da movimentação. E por que eles saiam?? Porque não havia professor. Não havia professor de diversas disciplinas!! Eis que a pauta gera outra pauta!
E se eu adoro ir fazer uma pauta e voltar com duas matérias, imagina quando volto com três! kkkkkk
Pauta 1:
A pauta era sobre um terreno em área pública, ocupado por uma madeireira que colocava materiais de construção no local.
Pauta 2:
Bem ao lado havia um parquinho tooodo ferrado. Abandonado, enferrujado... E um monte de crianças brincando ali. Nascia a segunda pauta.
Pauta 3:
Aí aparece uma pessoa falando sobre uma mulher baleada num bar. Na terceira pauta conheço a vítima: uma figuraça!!
Em menos de 3 horas, minha única pauta virou 3 matérias! =D
É, tem dia que é assim... Agitado. Já em outros (uma minoria, diga-se), reina a calmaria. Bem retratada nessa foto na praça dos três poderes.
Uma professora que foi comprar ovos de páscoa pro filho...
Um estudante que saia da faculdade...
Um pai de família que reclamou de usuários de drogas na porta do prédio dele...
Todos mortos.
Ela foi abordada no shopping e estrangulada no parque. O universitário, baleado na cabeça pela polícia (!) confundido com um bandido. O outro, espancado pelos usuários até a morte. Todos com filhos pequenos, com menos de 8 anos. Em menos de uma semana, fui duas vezes ao cemitério. Não aguento isso. Não aguento a insegurança, não aguento velórios, não aguento ver uma criancinha se debruçando no caixão do pai.
E pra não chorar com eles, penso em qualquer outra coisa quando os familiares estão aos prantos. É preciso manter a frieza, infelizmente! É tudo terrível, assustador, mas se eu dimensionar a dor de cada família, não consigo escrever, trabalhar. É difícil até ter compaixão, essa capacidade de se colocar no lugar do outro, porque não sei se aguentaria tanta dor. Por isso prefiro não pensar no que eles devem estar sentindo. Não aguento mais.
Pena que não vai ser a última vez que sentirei tudo isso. Amanhã pode ter mais um caso. A insegurança é gritante em Brasília e sei que no Brasil inteiro. O código penal é velho e cheio de brechas. Aos que choram, digo que sinto muito, que tenha força e que Deus abençõe.