domingo, 11 de março de 2012

Mudaram de canal?

    Já falei sobre isso aqui antes (post do dia 27 de julho "Como não chorar?"). Mas o assunto é recorrente, então cá estou eu escrevendo mais uma vez sobre o sensacionalismo. 

 
 
    Recebi minha pauta: entrevistar a mãe da PM assassinada pelo marido. Nããã. Pra que isso gente? A notícia da morte já havia sido dada. Sobre as investigações também já se sabia. Ir pra casa da mãe da vitima, cutucar a ferida, em nome de quê?! Do Ibope? O "público" gosta do drama. É o que parece. Então lá vamos nós alimentar essa vontade. Mas o público gosta porque a TV mostra ou a TV mostra porque o público gosta? Alguém tem resposta pra essa questão? Eu não tenho. 
    A entrevistada parecia anestesiada. Acredito que a fé em Deus trouxe equilíbrio e serenidade pra ela. Dessa vez, eu não chorei. Mas fiquei igualmente indignidada com o propósito daquilo tudo. 


 

    Sobre o mesmo assunto, vi uma reportagem outro dia em uma emissora com os pais da menina que morreu no brinquedo do Hopi Hari. Só que, pior do que apenas ouvi-los, colocaram o casal de frente pra uma terceira pessoa. Essa pessoa também presenciou tudo e contava com detalhes como viu a menina se soltar da cadeira, cair no chão, e tudo isso na frente dos pais (mais abalados a cada relato). Pra que isso gente?! Eu mudei de canal. Será que mudaram de canal quando a minha matéria foi ao ar?! Sinceramente, deveriam mudar, pra acabar com esse tipo de apelação.

 E numa busca no google por imagens de sensacionalismo, olha aí o resultado:



 Essa capa tá DÉMÁSSSS! kkkkkkkkkkkkkkk Pior que é muito provável que seja uma capa verídica. 

 E porque será que eu me vi nessa tirinha abaixo?? rsrsrsrsrs


sexta-feira, 2 de março de 2012

Ilegal, imoral ou "ingorda"

    Já diz a música que o que é bom é ilegal, imoral ou "ingorda" rsrs... Os senhores parlamentares, acima do peso ou não, entendem bem dos dois primeiros "Is". (Mãe, essa música é em homenagem a você, fã de Roberto Carlos! kkkkkkkkkkkkkkkkk)

 

    Felizmente o Distrito Federal teve uma boa notícia essa semana.


    Os excelentíssimos 24 deputados distritais, ainda que contrariados, fizeram um favor aos brasilienses. Acabaram com o décimo quarto e o décimo quinto salários. Isso trará uma economia de quase R$ 1 milhão de reais aos cofres públicos por ano. É claro que eles não tiveram um rompante de sensatez e bom senso. A pressão popular os fez agir assim. E os 23 votos pelo SIM (uma ausência) puseram fim à mordomia de dois salários extras.
    Nesse dia não cobri toda a movimentação, fui apenas pro link (ao vivo) do jornal dar o balanço do que havia acontecido à tarde na Câmara Legislativa. Mas a minha vontade era ter perguntado pra algum dos favoráveis (sim, porque todos aprovaram, mas pelo menos metade foi "obrigada") se eles não tinham vergonha de receber dois salários a mais que qualquer outro trabalhador. Porque seriam eles mais merecedores que nós, pobres mortais? Coincidentemente, há algumas semanas fiz uma matéria sobre o assunto:


    Entrevistei o povão, uma representante do movimento Adote um Distrital, e quatro deputados distritais: Chico Leite, Chico Vigilante, presidente da câmara Patrício e Agaciel Maia. Sobre este último aqui vai um remember:

    "Em 2009 uma Sindicância do Senado Federal encontrou 663 atos não publicados que tratavam de criação de cargos, contratação e exoneração de parentes de senadores, entre outros, gerando o escândalo dos atos secretos que abalou o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP). Diretor-Geral por 14 anos, Agaciel Maia foi exonerado do cargo, mas continuou como servidor Senado, após a revelação que escondeu da Justiça uma mansão avaliada em cerca de R$ 5 milhões." Fonte: Wikipedia